COP27 alcança acordo para criação de fundo de perdas e danos da mudança climática

MOHAMMED ABED/AFP/JC/

Os quase 200 países participantes na COP27 do Egito alcançaram um acordo neste sábado para a criação de um fundo que cobrirá as perdas e danos sofridos pelos países mais vulneráveis à mudança climática, afirmou à AFP uma fonte europeia. “Um acordo foi alcançado sobre a criação de um fundo específico de perdas e danos para os países vulneráveis”, disse a fonte.

O novo texto foi apresentado depois de um ultimato europeu, que denunciou o que considerava um “retrocesso inaceitável”. A UE prefere “não ter um resultado do que ter um resultado ruim”, afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

De acordo com os representantes europeus, a presidência egípcia queria provocar um retrocesso do compromisso dos quase 200 países membros da COP de continuar reduzindo as emissões de gases do efeito estufa, o que é conhecido como o capítulo de mitigação nas negociações.

“A grande maioria das partes indicou que considerava o texto equilibrado e que pode resultar em um consenso”, respondeu pouco depois o chanceler egípcio Sameh Shoukry, que preside a COP27.

A mitigação é imprescindível para manter de pé o objetivo de limitar o aquecimento do planeta a +1,5ºC, como estabelecido no Acordo de Paris de 2015.

“Não estamos aqui para fazer declarações, e sim para manter o objetivo de 1,5ºC vivo”, afirmou a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

O novo rascunho inclui demandas de países desenvolvidos, principalmente Estados Unidos e da União Europeia, e exigências dos países em desenvolvimento.

Perdas e danos

Os países mais vulneráveis aos desastres naturais exigem a criação do fundo há 30 anos. E este foi o tema dominante da 27ª conferência do clima da ONU, que começou em 6 de novembro.

As negociações aceleraram depois que os europeus aceitaram contemplar a criação do fundo, em troca basicamente de duas condições.

Perdas e danos

Os países mais vulneráveis aos desastres naturais exigem a criação do fundo há 30 anos. E este foi o tema dominante da 27ª conferência do clima da ONU, que começou em 6 de novembro.

As negociações aceleraram depois que os europeus aceitaram contemplar a criação do fundo, em troca basicamente de duas condições.

A mitigação é imprescindível para manter de pé o objetivo de limitar o aquecimento do planeta a +1,5ºC, como estabelecido no Acordo de Paris de 2015.

“Não estamos aqui para fazer declarações, e sim para manter o objetivo de 1,5ºC vivo”, afirmou a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

O novo rascunho inclui demandas de países desenvolvidos, principalmente Estados Unidos e da União Europeia, e exigências dos países em desenvolvimento.

Perdas e danos

Os países mais vulneráveis aos desastres naturais exigem a criação do fundo há 30 anos. E este foi o tema dominante da 27ª conferência do clima da ONU, que começou em 6 de novembro.

As negociações aceleraram depois que os europeus aceitaram contemplar a criação do fundo, em troca basicamente de duas condições.

A primeira é “ampliar a base de doadores”, ou seja, integrar os países que se tornaram grandes emissores de gases do efeito estufa, como a China. E a segunda condição é obter um compromisso forte e explícito a respeito da mitigação, para manter o objetivo do limite de +1,5ºC.

Os vínculos entre um fundo de compensações, quem contribui para o mesmo e a mitigação das emissões chegaram a paralisar as negociações, segundo várias fontes consultadas pela AFP.

“Parece que há um acordo com os líderes das negociações nos grupos, mas aguardamos o golpe de martelo que marcará o pacto final”, disse à AFP o coordenador da delegação jamaicana, Matthew Samuda.

Questões entrelaçadas

“Como vocês podem imaginar, nenhum grupo poderia dizer que todos os seus interesses estão contemplados”, explicou Shoukry.

“Há insatisfação em todas as partes, mas há uma grande maioria que apoia o texto”, insistiu o chanceler egípcio.

Shoukry afirmou na sexta-feira que todas as questões estavam “entrelaçadas”.

Nas conferências do clima da ONU todas as decisões devem ser tomadas por consenso.

A delegação dos Estados Unidos permaneceu em silêncio nos debates, mas atuou nas salas de negociações, de acordo com várias fontes.

US$ 100 bilhões por ano

Segundo o Acordo de Paris de 2015, que estabeleceu as bases do atual compromisso contra a mudança climática, a responsabilidade diante da mudança climática é comum, embora diferenciada, ou seja, que os países desenvolvidos devem contribuir muito mais com base em seu histórico de emissões e uso de recursos naturais.

Entre os países em desenvolvimento há uma desconfiança considerável pelas promessas não cumpridas do passado.

Em 2009, os países desenvolvidos prometeram que desembolsariam a partir de 2020 a quantia de 100 bilhões por ano para ajudar na adaptação dos países pobres às mudanças climáticas e na redução de suas emissões, ao mesmo tempo que iniciam a transição energética.

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